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Voltar para Notícias Comunicação e Marketing | 06/09/2017 18:36:52

 

​CPTM encerra 1° ciclo de palestras Memória Ferroviária e planeja novas ações com a Unesp

 Programa ofereceu debates e perspectivas diferentes sobre as riquezas das ferrovias paulistas

Reunidos em uma confortável sala de auditório, dezenas de espectadores, entre empregados, convidados e usuários que se inscreveram pelo e-mail marketing CPTM, mal piscavam os olhos enquanto palestrantes discorriam sobre a história ferroviária. Alguns anotavam em bloquinhos de papel curiosidades sobre ferrovias, outros levantavam a mão para tirar dúvidas com os especialistas.

O cenário descrito acima não ocorreu em um palco de uma renomada universidade, onde a maioria dos palestrantes está acostumado a frequentar, mas sim no auditório do CCO (Centro de Controle Operacional) da CPTM, na Estação Brás. Trata-se do 1° ciclo de palestras do projeto Memória Ferroviária que foi realizado em parceria com a Unesp e se encerrou em agosto.

“Não há apenas um caminho quando se fala sobre ferrovia, pois os trilhos são um patrimônio muito rico a ser explorado e a CPTM tem uma importância enorme para essa história”, pontuou Ewerton Moraes, professor de Planejamento e Organização do Turismo na Unesp (Universidade do Estado de São Paulo).

Foram seis meses de palestras, visitas técnicas à Estação da Luz e oficinas, além de um aplicativo de celular desenvolvido para celebrar os 150 anos da SPR (São Paulo Railway) e o jubileu de prata da CPTM. No próximo semestre, haverá prosseguimento das atividades em parcerias com a Unesp e pesquisadores da área.

Aplicativo SPR 150 anos​

Ewerton Moraes trabalhou de 2009 a 2013 como monitor da AMA (Associação dos Monitores Ambientais de Paranapiacaba). Encantado a cada viagem do Expresso Turístico que acompanhava, começou a pesquisar a história do transporte sobre trilhos, compartilhando seu conhecimento com os turistas que monitorava. Na época, surgiu a ideia de tornar a memória da ferrovia um assunto comum – ele só não sabia como.

Porém, esse sonho só começou a se concretizar no ano passado. Como o elo com a CPTM era o Expresso Turístico Paranapiacaba, em um encontro com o chefe do DOED (Departamento de Estações e Serviços — Linha 10), Joanito Jeronimo Ferreira, no qual representava a Unesp, Ewerton lançou a ideia.

“Quando tive a reunião com o Joanito comentei que a Unesp fazia pesquisas sobre a história das ferrovias e que estava disposto, com outros pesquisadores, a planejar atividades com relação as comemorações dos 150 anos da SPR e os 25 da CPTM. Ele achou fantástico”, relembra Ewerton. “Era o caminho certo para expandir o conhecimento sobre ferrovias e iniciar a parceria”.

Assim nasceu um dos primeiros resultados dessa união: o aplicativo “SPR 150”, que contava parte da história da SPR e da CPTM foi lançado em fevereiro nas viagens do Expresso para Jundiaí e Paranapiacaba. O acesso ao aplicativo foi disponibilizado no site da Companhia. 

Com o aceitamento da ferramenta nas viagens turísticas, a CPTM e a Unesp sentiram que a demanda por informações seria maior e resolveram montar um plano mais amplo. Organizaram um ciclo de palestras realizadas mensalmente, focando na história das ferrovias: o projeto Memória Ferroviária. O pontapé inicial foi dado por Ewerton, que ministrou a palestra sobre a relevância do patrimônio ferroviário paulista, em fevereiro.

O auditório do CCO sediou os encontros que reuniu pesquisadores de diferentes áreas para compartilhar conhecimento em um bate-papo descontraído. Ministraram palestras os professores de História Eduardo Romero de Oliveira e Lucas Corrêa, o economista Ivanil Nunes, o arqueólogo espanhol Juan Cano e as especialistas Priscila Kamillyn e Rafaela Rogato, bacharéis em Turismo e mestrandas em Arquitetura e Urbanismo pela Unesp.

Além do ciclo de palestras, Maria Salete Zandona, do DRMK (Departamento de Marketing) vislumbrou novas oportunidades: alinhou datas e horários com pesquisadores e empregados da CPTM e organizou visitas técnicas à Estação da Luz. Os convidados puderam discutir sobre os avanços tecnológicos da CPTM, além de visitar o Pátio da Luz e conhecer elementos do trabalho de manutenção dos trens.

O 1° ciclo de apresentações do programa Memória Ferroviária teve um retorno positivo do público que compareceu aos encontros e atividades. A autônoma Adriana Carvalho, de 29 anos, soube da ação através das redes sociais da CPTM e não perdeu a chance de aprender mais sobre o tema. “Conhecimento sempre é bem-vindo, ainda mais para quem ama a ferrovia. Estar em um local com outras pessoas que também gostam dos trilhos e dominam o assunto foi uma experiência maravilhosa”.

Já o engenheiro Luiz Affonso Saraiva, 60 anos, assistiu as palestras a convite dos amigos e destacou a visita técnica realizada à Estação da Luz. “As atividades englobaram boas memórias, assuntos interessantes e proporcionaram um contato com outras pessoas apaixonadas pelos trilhos. As visitas técnicas foram fantásticas”.

A CPTM e a Unesp estudam novas parcerias e já confirmaram que haverá um novo ciclo. “As palestras continuarão por pelo menos mais seis meses. Também vamos ampliar as visitas técnicas às oficinas e estações, explorando todo o acervo ferroviário que a Companhia dispõe”, assegura Salete.
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