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Voltar para Notícias Comunicação e Marketing | 29/07/2021 10:31:14

 

​Pesquisa Voz Feminina mostra a visão da mulher sobre a CPTM

 Mulheres representam 55,6% do total de passageiros transportados, mas idade e frequência de viagens mudaram com a pandemia

A quarta edição da Pesquisa Voz Feminina CPTM, mostra que as mulheres que utilizam diariamente os serviços de transporte da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) são a maioria dos passageiros transportados diariamente pela companhia: 55,6%. Cerca de um terço delas já passou por um episódio de importunação sexual no transporte público (e não apenas na CPTM) ou conhece alguém que passou por essa situação – que está sendo combatida de todas as formas pela companhia.

A pesquisa foi realizada com mais de 1300 passageiras entre os dias 6 e 7 de maio de 2021 – ao contrário das outras edições, quando as pesquisas aconteceram próximo ao dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Por conta da pandemia e das restrições determinadas no período pelo Governo do Estado de São Paulo, optou-se por adiar as entrevistas, para a segurança das passageiras e das entrevistadoras – todas mulheres.

O objetivo da pesquisa é caracterizar melhor este público, com perguntas sobre frequência de utilização dos trens, formas de renda, principais preocupações em relação ao serviço de transporte sobre trilhos, por exemplo. Além disso, questões sobre importunação sexual e o conhecimento das passageiras sobre as campanhas feitas sobre o assunto também foram abordadas, como forma de compreender o alcance das informações disponíveis sobre o tema.

“Ouvir as nossas passageiras e entender como elas enxergam o sistema e como ele pode ser melhorado é cuidar da maior parcela de pessoas que viajam pela CPTM. Além da questão fundamental do respeito, isso faz parte do nosso objetivo de promover viagens seguras e confortáveis para todos”, afirma Pedro Moro, presidente da CPTM.

Importunação sexual
A Pesquisa Voz Feminina mostra que 32,1% das mulheres entrevistadas já sofreram algum tipo de importunação sexual ou conhecem alguém que já passou por isso no transporte público (trens, metrô e ônibus). No ano passado o percentual era de 47,6%.

Quando houve importunação dentro da CPTM, apenas 11% das que declararam que ocorreu dentro do trem fizeram a denúncia. Já quando ocorreu na estação, esse percentual sobe para 25%.

“É fundamental que a mulher denuncie qualquer tipo de importunação sexual. A mulher é uma vítima, e quando ela denuncia a CPTM e os órgãos de segurança podem, de fato, tomar uma atitude para coibir esse crime. Para nós, é muito importante dar um fim a isso. O criminoso tem que ser localizado e punido”, afirma Gilsa Eva de Souza Costa, Diretora Administrativo e Financeira da CPTM.

Desta forma, as entrevistadoras questionaram se as passageiras sabiam da existência do Espaço Acolher – locais dentro de 41 estações destinados ao acolhimento de mulheres que sofreram importunação sexual. Apenas 28% disseram que sim.

A importância da denúncia e da existência do Espaço Acolher estão nos dados obtidos desde a criação destes locais (março de 2020) até abril de 2021, mês anterior à realização da pesquisa: foram realizados 63 atendimentos com 58 prisões e 62 registros de Boletim de Ocorrência – apenas uma vítima preferiu não ser encaminhada à autoridade policial.

Apesar do número baixo em relação ao conhecimento sobre o Espaço Acolher, 70% das mulheres entrevistadas conhecerem as campanhas de combate a esse crime e 85,2% saberem como denunciar.

Para saber os locais onde a CPTM disponibiliza o Espaço Acolher, acesse https://www.cptm.sp.gov.br/a-companhia/Em-Movimento-por-Elas/Pages/Espaco-Acolher.aspx

Pandemia altera perfil das passageiras da CPTM
De acordo com a pesquisa Voz Feminina, a questão da idade foi a principal alteração desta edição em relação às anteriores. Mulheres mais jovens, com até 25 anos, ficaram mais em casa por conta da restrição de aulas presenciais em escolas e universidades, o que se refletiu diretamente na demanda.

28,4% das mulheres que utilizam a CPTM têm entre 25 e 34 anos – em 2020 esse percentual era de 29,1%. As mulheres entre 18 e 24 anos são agora 26,8% do total, contra anteriores 33,7%, enquanto as passageiras entre 45 e 60 anos dispararam de 11,2% para 17,4%.

A parcela de mulheres entre 35 e 44 anos é de atuais 24,3%, menos de 18 anos recuaram de 1,7%, enquanto as que possuem mais de 60 anos representam 1,4% do total de passageiras da companhia.

A pandemia também alterou a frequência com que as mulheres utilizavam os serviços da CPTM – além do fechamento das instituições de ensino muitas delas puderam trabalhar em casa ou reduzir o número de dias de trabalho presencial. Além disso, o fechamento de postos de trabalho também alterou esse indicador.

O percentual de mulheres que utilizam a CPTM de 6 a 7 vezes por semana caiu de 45,3% no ano passado para 38,3% em 2021. Por outro lado, a presença feminina nos trens avançou de 12% para 19,2% quando isso ocorre até três vezes por semana.

“A demanda de passageiros caiu consideravelmente em 2020 por conta da pandemia, e a pesquisa mostra essa grande mudança na rotina das mulheres neste período”, explica o presidente da CPTM.

O levantamento também mostrou que 65,1% das passageiras trabalham com carteira assinada e 25,5% no trabalho informal. Além disso, mais de 64 % das mulheres são as responsáveis financeiras pela casa (54,7% as próprias entrevistadas e 9,8% outra mulher).

O que mais precisa ser melhorado na visão das mulheres
Durante as entrevistas as passageiras puderam escolher até três itens pré-estabelecidos que consideravam que poderiam melhorar dentro da CPTM. No que se refere às estações, 55,7% acredita que a questão da segurança deveria melhorar. Essa preocupação é constante entre as mulheres e foi citada nas pesquisas anteriores.

A CPTM tem investido em segurança dentro do sistema. A central de monitoramento da segurança funciona 24h por dia, 7 dias por semana, com colaboradores trabalhando por turno, que controlam mais de 3400 câmeras em estações e outras dependências da companhia, e até dezembro serão mais de 5000 câmeras. Nos trens são 8350 câmeras de olho em todo o movimento durante a circulação. Todos os casos denunciados são registrados pela CPTM, que também é a responsável pelo encaminhamento do agressor para a autoridade policial. Além disso, em janeiro de 2020, um convênio entre a CPTM e a Polícia Militar reforça a segurança no sistema ferroviário. Com isso, as equipes de segurança intensificaram ainda mais as fiscalizações ao comércio irregular e atuam para garantir segurança e tranquilidade aos passageiros que precisam usar o transporte público durante o período de isolamento social.

Dentro dos trens, o respeito entre os passageiros foi citado por 49,8% das mulheres, seguido por segurança na viagem (48,6%) e limpeza (15,7%). Informações e retirada de ambulantes também foram citadas. Já durante o embarque e desembarque as mulheres acreditam que o respeito aos passageiros é o item que mais precisa ser melhorado (66,8%), além do vão da plataforma (18,3%) e a divulgação da porta em que o desembarque acontecerá (14,6%).



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